É proibida a entrada a quem não andar espantado de existir.
.posts recentes

. Mais outra sugestão music...

. Sugestões musicais

. Sugestão musical

. São quatro anos, afinal

. Não existo.

. Vicky Cristina Barcelona:...

. Momentos de felicidade

. uma sugestão para ler

. EU VOU!!!

. Kafka

.arquivos

. Fevereiro 2010

. Janeiro 2010

. Junho 2009

. Março 2009

. Janeiro 2009

. Novembro 2008

. Outubro 2008

. Junho 2008

. Março 2008

. Fevereiro 2008

. Outubro 2007

. Setembro 2007

. Agosto 2007

. Julho 2007

. Junho 2007

. Abril 2007

. Março 2007

. Fevereiro 2007

. Janeiro 2007

. Dezembro 2006

. Novembro 2006

. Setembro 2006

. Abril 2006

. Março 2006

. Fevereiro 2006

. Janeiro 2006

. Dezembro 2005

. Setembro 2005

. Maio 2005

. Abril 2005

. Março 2005

. Janeiro 2005

. Novembro 2004

. Agosto 2004

. Julho 2004

.pesquisar
 
.Fevereiro 2010
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
.tags

. todas as tags

Segunda-feira, 20 de Novembro de 2006
Violent Femmes - ao vivo no Razzmatazz, 19/11/2006


À chegada ao espaço do concerto, o número de pessoas a oferecer-se para comprar bilhetes revelou o que eu já esperava: o concerto estava esgotadíssimo, e esta é uma banda de culto para muita gente. Não estranhei, portanto, que a sala estivesse repleta de gente de todas as idades.
Depois duma actuação que achei particularmente aborrecida por parte dos Arab Strap, sobem a palco os Violent Femmes.
Com uma abertura em grande, logo com o sucesso "Blister in the sun" em segundo lugar na lista, a banda apresentou-se com uma riqueza sonora impressionante.

Os sucessos desfilaram, evidenciando as inúmeras referências da música dos Violent Femmes (que vão desde o blues ao punk, passando pelo country e folk) e a sua originalidade inegável.
Victor DeLorenzo é eléctrico e extremamente inteligente na utilização do seu reduzido kit (o equipamento que ele utiliza é o que está visível na foto mais acima). Saltava, brincava, sem nunca perder a sua mestria na utilização de vassouras, e criando ritmos extremamente intensos. Não esquecer também os preciosos coros que dispensou, e que muito ajudam a enriquecer a musicalidade da banda.
Brian Ritchie é quem comunica com o público. Começando com um baixo acústico, mas passando a sua performance por um baixo eléctrico, alguns instrumentos de sopro simples, um pífaro, um xilofone e aquilo a que literalmente se poderia chamar um pau com cordas (soava a um baixo, mas nunca tinha visto um assim), era ele que se encarregava dos solos da banda.
Gordon Gano é extremamente discreto e competente, e surpreendeu-me a tocar violino, pois não sabia que o fazia. A sua voz peculiar tratou do resto.
John Sparrow é duma discrição absoluta, mas complementou na perfeição a parte percussiva da música, elemento essencial dada a formação peculiar que apresentam.

O momento do concerto foi sem dúvida "Jesus walking on the water", com 9 elementos em palco (banjo, bandolin, dois washboards e um saxofone a cargo de Dick Parry, o saxofonista que tocou no álbum "Dark side of the moon" dos Pink Floyd), com uma riqueza rítmica com raízes no bluegrass americano e que colocou em êxtase o público.
Outra prestação importante foi "I held her in my arms", uma das minhas favoritas da banda. As vocalizações estavam perfeitas, o som e as luzes em condições excelentes, a revelar que a longa estrada que esta banda percorre em concertos é bem visível no entrosamento dos músicos.
Depois, tantos outros temas brilhantes foram apresentados: "Gone daddy gone", "American music", "Add it up"...
Em suma, e uma vez que a banda se prepara para três datas em Portugal, diria que é um concerto a não perder. Era uma banda que nunca tinha visto e que sempre tinha recebido boas indicações da sua prestação ao vivo; e hoje pude confirmar tudo isso e muito mais.
Para quem queira conhecer a banda, sugiro a compilação "Add it up", que apresenta uma excelente selecção de temas.
publicado por ladoc às 13:36
link do post | comentar | favorito
2 comentários:
De It is still November a 20 de Novembro de 2006 às 14:52
Adorei a review. Obrigada...fiquei com uma ponta de inveja quando soube que irias ao concerto de VF, mas eu também tive uma noite agradável...não me posso queixar de barriga cheia. Seja como for, aguçaste-me o apetite. Add it up!
De Rita a 24 de Novembro de 2006 às 11:05
A noite de ontem fez-se num Coliseu dos Recreios bastante vazio, mas nem por isso menos acolhedor. O aquecimento foi garantido por Dr. Eugene Chadbourne (com bata e tudo!), que mais tarde se juntou à restante banda. “Blister in the Sun” apareceu em terceiro ou quarto lugar, quase como um “temos de tocar esta para podermos passar às que nos dão mais gozo”.

E o que eles gozaram! Entre estarem ali numa forte ligação com o público e cada um estar a divagar musicalmente dentro de si mesmo, conseguiram transmitir toda a magia que a música, com técnica e com amor, pode ter.

Aos já referidos originais instrumentos do Brian Ritchie acrescento também um contrabaixo versão Vileda, do mais portátil que pode haver.

O público teve ainda direito a um fado no encore, com o violino e a voz de Gordon Gano. O final, em grande, foi dado com “Kiss Off”. Mas o momento que ficou a ressoar no caminho para casa, ainda molhado da chuva recente, foi: “I can't even remember, if we were lovers, or if I just wanted to, but I held her in my arms, I held her in my arms, I held her in my arms, but it wasn't you...”.

10! 10! 10! 10! FOR EVERYTHING! EVERYTHING! EVERYTHING! EVERYTHING!!!
:)

Comentar post

blogs SAPO
.subscrever feeds