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Iraque: Durão agiu com base em informações não confirmadas
Três anos depois de ter apoiado a guerra no Iraque, o antigo primeiro-ministro português e actual presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, declarou hoje ter agido com base em informações «que não foram confirmadas».
«A decisão que tomei, e que muitos governos tomaram, foi baseada em informações que tínhamos recebido e que, depois, não foram confirmadas: que havia armas de destruição maciça» no Iraque, disse Barroso no programa «Le Grand Jury» LCI-RTL-Le Fígaro.
«Tínhamos documentos que nos foram dados. Foi com base nessas informações que tomámos aquela decisão«, referiu.
Então chefe do governo português, Barroso acolheu para uma cimeira nos Açores, a 16 de Março de 2003, quatro dias antes do começo da intervenção no Iraque, o presidente norte-americano, George W. Bush, e os primeiros-ministros britânico, Tony Blair, e espanhol, José Maria Aznar.
«A História fará o balanço - ponderou ainda - Era qualquer coisa de muito difícil para toda a Europa. A Europa estava dividida e eu prefiro dizer que, agora, estamos unidos, tentando fazer o nosso melhor para estabilizar tanto quanto possível o Iraque e a região».
Há três anos, Bush, Blair e Aznar comprometeram-se a «aprovar uma administração apropriada para o período do pós-conflito no Iraque», assegurando que «toda a presença militar» seria «temporária» e destinada a «encorajar a segurança e a supressão das armas de destruição maciça».
Diário Digital / Lusa
19-03-2006 22:39:00
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É bom saber, mesmo passados três anos, que tinha razão (eu e muitas outras pessoas) para nos manifestarmos nas ruas face à vergonha do nosso Governo embarcar na história americana das armas de destruição em massa.
E, pior de tudo, é sentir que essa razão que nos acompanhava e que não chegou à compreensão de vários líderes políticos europeus (sim, porque do americano nunca esperei nada que não fosse a total ignorância e desprezo por tudo o que não responda aos seus ideais bacocos e corporativistas), levou à morte de milhares de pessoas e ao sofrimento de muitas mais. No meio de tudo isso, a destruição e pilhagem de património cultural da maior importância para o mundo e a criação de um precedente assustador para o futuro. Que mundo é este, afinal?