Faces ocultas que se revelam, mas apenas por partes. Nunca mostramos totalmente quem realmente somos, mesmo para nós próprios.
Temos medo. Falta-nos tempo. Somos ignorantes nas artes do autoconhecimento. Preferimos olhar e criticar os demais. Estamos tão ocupados no dia-a-dia que nos esquecemos de pensar no importante. Optamos por não pensar, aproveitando as pausas dos afazeres diários para desligar. Ou para nos ligarmos, mas apenas a fontes de informação. Viciamo-nos na recepção de toda essa informação, que nos entope, nos põe dormentes e nos aliena da verdadeira realidade.
Juntamos todas estas alternativas, ou agrupamo-las periodicamente.
Perdemos a noção da riqueza dos nossos sentidos, e quando assistimos a fenómenos da Natureza – claro que perfeitamente naturais – ficamos embasbacados, por estarmos habituados a um certo torpor nos nossos cinco sentidos.
No entanto, tem algo de conforto, esta dormência; uma espécie de droga, que nos permite passar (mais) um dia sem precisarmos de de nos expor, mantendo as nossas faces ocultas. Através da criação de outras, ou apenas passando a ser mais um sem-rosto na multidão.
De
nOgS a 13 de Março de 2008 às 15:31
O quê? Onde? quem?
Perdoa-me... Perdi-me (de mim) ao olhar para a foto.
Beijo
Sou quem sou, apesar de não saber quem sou...
De
DN a 14 de Maio de 2008 às 22:36
so nao mostra quem é quem se preocupa em esconder, e, ainda assim, as traiçoes sao esquinas..
ver sera outro problema.. problema qd nao nos queremos enfrentar nos outros
a teoria das faces a faces continua misterio para mim..
mas pensar demais doi.. nao deve ser bom, se natural for..
na dormencia, a minha culpa nessa multidao, porque, nao conseguindo ignorar esses sentidos que chamam, esta vida estupida exige, leva.nos nessa torrente de "informaçao".. cada segundo sao mais mil que nos exigem saber..
De
David a 24 de Maio de 2008 às 02:12
Acabei o "Stranger in a strange land". E tinhas razão: gostei muito. Em muitas coisas ele verbalizou algo que eu sinto/penso hà muito tempo :)
Obrigado pela dica...
Grande abraço
De
ladoc a 9 de Junho de 2008 às 15:11
De nada! ;) É um livro que tenho de reler, também. Agora, depois de reler "A Imortalidade" e o "Ensaio Sobre a Cegueira", parece que me mordeu o bichinho da releitura. :)
Grande abraço
De
Juliana a 8 de Junho de 2008 às 03:50
Acabei de encontrar seu blog, ao procurar, no google, por blogs que tenham relação com Kafka e me deparei, logo "de cara" com essa postagem muito autêntica. Muito todos nós.
Posso te adicionar? Ou seu blog é mais para exposição de idéias e, não tanto, para troca de palavras?
Aguardo resposta...
Cordialmente, Juliana.
De
ladoc a 9 de Junho de 2008 às 15:12
Podes adicionar, sim. Este blog serve para ambas as opções que referiste, e mais alguma que venha a surgir. :)
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