Esta música e este vídeo fazem-me pensar muito. Apesar de parecer apenas um video normal com participação de pessoas de rua, a letra e em especial a frase do refrão dá a ideia de que andamos todos por este mundo a safarmo-nos como podemos, mas que ficamos completamente fecundados da cabeça, que no meio deste caos lá vamos conseguindo seguir a nossa vida, mas cada dia com mais coisas a ficarem na nossa cabeça a baralharem-nos. Há uma sensação quase-apocalíptica, uma ideia do século XXI como a época da resignação face a um conjunto enorme de coisas no mundo que nos assoberbam, nos ultrapassam, e às quais só podemos sobreviver com uma constante aceitação de que tem de ser assim, por muito que quiséssemos que não o fosse.